Aconteceu comigo. Alguns dias antes do meu aniversário. Alguns chamam esse tempo de inferno astral, mas para mim foi muito mais do que isso...
A minha irritação vinha do meu subconsciente: sabia que dali alguns dias faria 30.
Os sintomas dessa tensão, irritação, uma certa depressão e um "cadinho" de tristeza me fizeram resolver que não queria ver ninguém...que festa, realmente não saria uma boa opção.
Alguns me perguntavam e não entendiam o porquê da decisão: ano passado fiz um festa em que recebi muitos (muitos mesmo) amigos e estava super animada. Respondia que preferia ficar com a lembrança desta e me aproveitando do feriado (Corpus Christi) arrumei as malas e parti.
Sozinha não. Comigo, meu namorado e um casal de amigos. A intenção de esquecer a tensão dos dias anteriores e, de alguma forma, comemorar a data. Funcionou. Nos divertimos mas uma sensação ficou: por que essa tensão toda? Por que a necessidade de me afastar de tudo?
Então, refletindo em uma noite de chuva pensei: é sim uma passagem importante. Acabou a adolescência (tardia, aquela que nós insistimos em ficar só mais um pouquinho), acabou a vida de estudante. Definimos nosso caminho...ou não. E é aí que, depois da angústia, vem os questionamentos...
Somos aquilo que esperávamos ser? Estamos ao nível da nossa expectativa de adolescente, de estudante?
Mas espera aí...se não somos, é realmente essencial que fôssemos?
São tantas perguntas, que fica uma só questão: o que mais importa, o que esperávamos que seríamos aos trinta ou o que realmente somos?
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